Logística Internacional: quais os desafios para 2022

O ano de 2022 já começou desafiador para os atuantes da logística internacional com o fechamento do porto de Xingang, um dos maiores da China, em Tianjin, por causa da testagem em massa promovida pelo governo chinês, com o objetivo de identificar e desacelerar os casos da variante Ômicron da Covid-19.

Desde o ano passado o assunto dos destaques da logística na pandemia foram abordados neste canal. Caso você não tenha lido ainda o texto “Logística Mundial na Pandemia: o que mudou desde o início?”, recomenda-se que você o faça.

Há quem diga que a logística internacional voltará ao normal no início de 2022, outros afirmam com veemência que ainda haverá resquícios do caos em 2025. Tudo depende do que acontecer com a Covid-19, que voltou a assustar o mundo com a nova variante.

Este artigo abordará o que é provável de acontecer em cada um dos cenários em todos os modais de transporte, para que o profissional de Comércio Exterior possa estar preparado para enfrentar as dificuldades e planejar o futuro.

Logística Internacional: principais desafios

Se há algo comum no Comércio Exterior são os desafios presentes na logística internacional. Isso já acontecia antes da pandemia, contudo, o fechamento das fronteiras em 2020 causou ao mundo uma bola de neve que está longe do fim.

Considerando isso, é possível afirmar com segurança um ponto para o qual o profissional de logística terá que estar preparado, que são novos lockdowns. Eles já começaram a acontecer na Europa e na China, e ainda estarão presentes ao longo de 2022, com uma diferença: o mundo está mais preparado para isso agora do que estava em 2020.

Existia uma barreira cultural com relação aos colaboradores de uma empresa trabalhando a partir de casa em algumas profissões, mas que foram vencidas.

Desafios no Transporte Marítimo

Os navios continuarão lotados durante 2022, simples assim. Quem trabalha com logística internacional precisa contar com parceiros atualizados que possam lhes fornecer opções em todos os embarques, porque cada quilo de carga transportada será um novo desafio.

Além da falta de contêineres, que não há previsão de ser resolvida por conta da escassez de mão de obra e de aço, também existe a falta de espaço nos navios, provocada pela soma das consequências da pandemia. Entre elas estão:

  • o encalhamento do navio Ever Given no Canal de Suez;
  • a falta de caminhoneiros no mundo todo, principalmente nos EUA e Europa; e
  • a alta demanda de consumo, acelerada pelo fato de as pessoas estarem em casa (FecomercioSP).
Evergreen

O preço do frete para um contêiner de 40 pés está estabilizando na rota da China para o Brasil, a mais movimentada no país. Atualmente o preço médio é de US$ 11.000 (Intrafish).

O valor deverá baixar durante 2022, mas não chegará aos valores pré-pandemia antes de 2024 – ou talvez nunca –, que girava em torno de US$ 1.500.

Entretanto, não deverá chegar à casa dos US$ 40.000, como chegou a se especular durante o ano de 2021 para a rota em que abrange a China e os Estados Unidos, conhecida como Transpacífica, e que funciona como uma espécie de balizador global.

Desafios no Transporte Aéreo

O transporte aéreo é importante para a logística internacional por sua velocidade e frequência. É possível levar cargas de praticamente qualquer tamanho, de um canto a outro do mundo de maneira imediata.

Contudo, o objetivo do transporte aéreo é levar passageiros e as cargas são acondicionadas no interior destas aeronaves, já que voos cargueiros têm frequência menor.

Quando há o fechamento de fronteiras e as pessoas ficam doentes, a demanda por viagens diminui e o mesmo acontece com as passagens aéreas. Como consequência disso, a disponibilidade de espaço para cargas em aeronaves diminui, fazendo com que o frete suba.

A variante Ômicron provocou o cancelamento de diversos voos em 2022, principalmente nos Estados Unidos, mas também teve uma interferência significativa no Brasil (Isto É).

Em 2020, o cancelamento de voos de passageiros fez surgir uma nova classe de avião: a que transporta carga alocadas nas poltronas, nos locais em que os passageiros seriam transportados. Assim como se viu o frete por quilo de carga da Ásia para o Brasil chegar aos US$ 40.

avião

O maior desafio de 2022 para a logística internacional no modal aéreo certamente será se preparar para não precisar tanto dele. Uma vez que é o mais volátil, ele pode ser afetado rapidamente com o aumento de casos de Covid-19, além de ser o mais caro.

Desafios no Transporte Rodoviário

No Brasil, o preço do combustível aumentou quase 40% em 2021 (Poder360), valor que encabeça o peso no índice de inflação no ano. Isso influencia diretamente no custo do frete rodoviário que é repassado ao importador.

Tratando-se de logística internacional, o transporte por meio de caminhões está presente na importação e na exportação, na origem e no destino.

A escassez de motoristas e veículos faz com que haja filas nos portos, alta demanda de produção por novos caminhões e o custo suba. Somado a esses problemas mundiais, no Brasil, além do mercado ter a demanda aquecida e a alta do diesel, fatores políticos geram incertezas de prováveis greves de motoristas, que chegou a iniciar no final de 2021.

Para o profissional de Comex, ter uma empresa confiável, auditada e parceira como fornecedor de transporte rodoviário será um diferencial em 2022. Acredita-se que serão os relacionamentos que sustentarão as principais cadeias de logística internacional durante o ano.

parceria na logística internacional

Logística Internacional: o que melhora em 2022?

Quando se trata de logística internacional, as pessoas aprenderam muito com a pandemia durante nestes quase dois anos. Elas solidificaram relações, esgotaram opções e buscaram alternativas logísticas e de consolidação, deixando um legado de conhecimento para todas as empresas que enfrentaram os períodos mais difíceis.

Os fretes marítimos devem estabilizar e, mesmo não voltando aos patamares anteriores, já são um sinal de afago para os importadores e exportadores, que sofreram com a alta dos fretes e do dólar ao mesmo tempo.

Ainda que a variante Ômicron seja mais contagiante, as pessoas estão vacinadas. Portanto, os sintomas são leves e as mortes por Covid-19 tendem a ser menos frequentes.

Mesmo assim, quando se está contaminado a indicação médica é permanecer em casa, o que compromete as viagens internacionais, fator que pode gerar nova crise de alta de preços e queda de disponibilidade de espaço nas aeronaves.

No entanto, com os aprendizados de 2020, em caso de parada brusca na movimentação de passageiros, a disponibilidade de aeronaves híbridas deve segurar a alta e frear a demanda.

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