Falta de espaço de contêineres em navios: como minimizar os possíveis problemas?

A escassez de contêineres em praticamente todos os portos do mundo e a dificuldade encontrada pelos armadores com a falta de espaço causam preocupações diárias para os intervenientes no comércio internacional entre os países.

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O maior impacto sofrido pelo comércio mundial foi provocado pela crise sanitária da Covid-19. A partir daí vários segmentos da economia sofreram um desequilíbrio em suas cadeias logísticas.

Como resultado, tem sido comum enfrentarmos também a carência de insumos e de matérias-primas, bem como a constante falta de contêineres e espaços nos navios cargueiros para atender a demanda atual.

Continue a leitura e confira mais detalhes!

O que gerou a falta de espaço de contêineres?

Segundo pesquisas realizadas por entidades que gerenciam os suprimentos no mundo, as cadeias de abastecimento com grande importância para os países foram afetadas pela pandemia. Somado a isso, observou-se um aumento de quase 80% na movimentação das mercadorias consumidas por meio do modal marítimo, resultando em mais um gargalo operacional.

Além disso, depois dos efeitos causados pelo lockdown da China, os valores para envio de contêineres entre os continentes chegaram ao patamar absurdo de milhares de dólares por unidade.

Sem mencionar o “engarrafamento” no Canal de Suez por conta do navio que ficou encalhado no início de 2021. E, mais recentemente, a guerra entre Rússia e Ucrânia que já se estende há mais de seis meses. Trata-se de países cujos portos realizam movimentações importantes para a distribuição de produtos essenciais para todo o mundo.

Nessa toada, a recuperação econômica dos EUA, países da Europa e da Ásia vem se estabelecendo desde o final de 2020. Estes são aspectos que influenciam e se tornam fator de pressão na movimentação de cargas pelo mundo, certamente colaborando para a falta de espaço de contêineres.

Ou seja, as altas e baixas das demandas internacionais geram um desequilíbrio entre o fluxo das operações logísticas do comércio internacional dos países parceiros.

Desse modo, para os setores que já têm a demanda mais aquecida e necessitam que a execução das rotas seja cumprida os obstáculos são contínuos. Isso porque os desafios encontrados no congestionamento de navios nos principais portos impede os esforços para a retomada do equilíbrio entre oferta e demanda.

Quais são os efeitos causados pela pandemia em 2020?

Como principal fator da desaceleração econômica, o fechamento total ou parcial dos portos nos países desenvolvidos causa a escassez no fornecimento de produtos, somado à maior demanda de navios e de contêineres, elevando também o custo dos valores de fretes internacionais na cadeia de importação.

Consequentemente, o pico de consumo por matérias-primas essenciais para a continuidade da linha de produção sofreu contratempos na pandemia. Assim, diante do caos na logística global pela falta de espaço de contêineres, os processos ficam mais caros, demorados e majoram o custo das importações.

Quais são os impactos no Supply Chain?

Diante de tantos fatores, as cadeias de suprimentos de diversos setores sofreram fortes impactos. O que levou as empresas a tomarem certas decisões para darem continuidade nas suas logísticas operacionais, agregando valor para a melhoria na movimentação de produtos.

Por certo que as empresas que atuam na logística internacional antes tinham maiores chances de acesso imediato aos contêineres. Nos dias atuais, entretanto, sofrem as consequências com a falta de espaço e precisam aguardar por semanas em uma fila para disponibilidade em navios cargueiros.

O maior impacto causado no Supply Chain se deu em razão dessa dependência das empresas de contêineres para as suas movimentações e para atingir a eficiência operacional. Assim, o primeiro passo foi buscar a redução de custos de produção e transporte com o auxílio de um sistema de conteinerização ordenado para armazenamento de cargas.

Entretanto, as empresas não pensaram nos riscos que poderiam sofrer com a (nova) ruptura inesperada na cadeia de valor, pela indisponibilidade de contêineres. Até porque a falta de espaço foi causada por uma série de fatores que fogem do controle dos gestores.

A nova política de tolerância zero na China que fechou por semanas o Porto de Yantian, próximo das principais indústrias do país, é exemplo desses fatores contributivos para a crise na Supply Chain. Logo em seguida se deu o fechamento do Porto de Ningbo, o terceiro maior do mundo para contêineres.

Enfim, tudo isso causou um estresse no sistema de navegação entre os portos, com congestionamentos extras de navios, provocando ainda mais gargalos em um efeito cascata.

Como minimizar os possíveis problemas da falta de espaço de contêineres?

Diante da crise no setor marítimo, os contêineres vazios que precisam retornar para serem reutilizados não estão sendo devolvidos. Sobretudo porque com a grande demanda de transporte de mercadorias, a preferência é dada às unidades que estão cheias para que os agentes de cargas não percam as viagens mais lucrativas.

Com isso, os contêineres vazios ocupam espaço nos portos que deveriam ser utilizados para descarregar outros, causando as filas de embarque e de desembarque.

A fim de contornar os problemas ocasionados pela falta de espaço de contêineres, as empresas buscam por soluções internas. O objetivo delas é amenizar a pressão do mercado global e conseguir manter a operacionalidade de suas atividades portuárias.

Dentro das expectativas controláveis pelos gestores, algumas ações são tomadas, tais como:

  • antecipar-se ao cenário caótico; e
  • aumentar o seu inventário local para a garantia de fornecimento no mercado nacional.

Dessa forma, elas conseguem manter a continuidade na produção e buscar outras alternativas de insumos no Brasil. Ainda que seja por um valor maior, trata-se de uma alternativa viável para que as negociações comerciais não sejam interrompidas.

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Quais são as perspectivas para o cenário do frete internacional?

Em princípio, especialistas estão otimistas porque poderá ocorrer uma normalização da demanda de contêineres e das operações logísticas. Isso irá diminuir a falta de espaço nesta fase pós pandemia, com o lançamento de novos navios porta-contêineres até 2023.

Esse investimento na infraestrutura portuária, com uma nova frota, auxiliará a retomada do equilíbrio da cadeia logística global. Sem contar a expectativa para renovação do parque mundial de contêineres e também o tráfego maior de mercadorias via modal aéreo.

Apesar dos conflitos internacionais resultarem numa sequência de alta do diesel, o preço do barril de petróleo está estável, criando uma expectativa positiva em torno dos valores negociados para o frete internacional.

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É sempre importante ressaltar para as empresas do comércio exterior que tenham maior atenção na contratação de um bom agente de cargas para a realização das operações, pois isso permite minimizar os impactos por meio de um trabalho especializado e de confiança.

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