Digitalização do Comex: o que esperar de 2023 nesse tema

A digitalização do comércio exterior tem o objetivo de otimizar processos, reduzir riscos e, além disso, aumentar a eficiência e a segurança nas operações de importação e exportação. Nos últimos anos, o investimento em tecnologia para potencializar o comércio global vem sendo o foco de muitas empresas nacionais e internacionais.

Por isso, confira o nosso ponto de vista sobre os avanços que estão por vir.

Boa leitura!

O que é digitalização no comércio exterior?

A digitalização é uma transformação digital que tem papel fundamental no comércio exterior, pois gera mais transparência e possibilita a automatização de transações comerciais internacionais. Essa transformação gera impacto em toda a supply chain, já que aumenta a eficiência de processos burocráticos e complexos.

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Como a digitalização está mudando o comércio exterior?

Podemos citar alguns impactos que a digitalização gera no comércio exterior, entre eles, por exemplo, a digitalização de documentos como licenças de importação, certificados de origem, faturas comerciais etc. Esse gerenciamento do envio rápido e seguro de documentos reduz, assim, o tempo de espera e facilita negociações e procedimentos técnicos.

O desenvolvimento do e-commerce também faz parte dessa evolução, visto que o comércio eletrônico fomenta o mercado a nível global. Dessa maneira, pequenas empresas se beneficiam dessa modalidade para comprar e vender, através de plataformas digitais internacionais, como é o caso do site Alibaba, que conta com mecanismos de compra e venda segura.

Fato é que a tecnologia está presente no rastreamento em tempo real de cargas internacionais, potencializando o controle de riscos na operação. Além disso, as formas de pagamento evoluíram e as transações bancárias entre países são agora mais seguras.

Cenário até 1999

Até a década de 90, o comércio exterior brasileiro era composto por procedimentos engessados e executados de forma manual. A utilização de documentos físicos e a obrigatoriedade da presença física dos profissionais nos órgãos públicos causava o aumento do tempo necessário para o término de uma demanda.

Até 1993, eram usadas as Guias de Exportação e Importação em formulários datilografados. Esses processos manuais, além de demandarem mais tempo para serem concluídos, estavam sujeitos a erros e fraudes. Por isso, o governo notou a necessidade de informatizar os registros de importação e exportação para agilizar o processo e torná-lo mais seguro.

Desse modo, foi necessário a implantação de sistemas informatizados que facilitassem a transferência de dados e os registros de operações. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços gerenciava esses sistemas que, inicialmente, realizavam processos de emissão de licenças, certificados de origem, registros de importadores e exportadores, entre outros.

Foi nos anos 90, a partir da necessidade de simplificar as operações, que o Siscomex foi criado. O Sistema Integrado de Comércio Exterior visava a integração dos procedimentos e normas técnicas. Com esse novo recurso, o comércio do país ganhou maior notoriedade internacional, devido ao aumento da agilidade.

Em 1993, foi lançado o módulo de exportação e em 1997 o módulo de importação, que era um sistema instalado em disquetes. Em 2001, foi incorporado ao sistema o módulo de Drawback Eletrônico.

2000 – 2010

Entre 2000 a 2010, a modernização e digitalização dos processos de comércio exterior no Brasil continuou a avançar com a implementação de novas atualizações e recursos. Dessa maneira, profissionais de comércio exterior já estavam se habituando com o uso das novas ferramentas, provocando indiretamente maior qualificação do setor.

Com maior investimento em tecnologia para otimizar as exportações e importações brasileiras, o Brasil foi se destacando no mercado internacional e ganhando notoriedade.

Em 2001, foi criado o certificado digital que buscava viabilizar as transações feitas no modo digital e certificar a segurança e autenticidade dos envolvidos. Em 2005 foi lançada a Nota Fiscal eletrônica cujo foco foi reduzir falhas humanas e agilizar o processo de conferência. Essas iniciativas também contribuíram para a digitalização do comércio exterior.

2010 – 2020

Entre 2010 e 2020, a transformação digital do Brasil avançou ainda mais. Em 2012, foi desenvolvida a versão web do Siscomex Importação para substituir a anterior.

Em 2014 implementou-se o Portal Único de Comércio Exterior para gerar maior eficiência nas operações de comércio internacional. Para isso, seria preciso novas atualizações no sistema da época, dando início ao desenvolvimento do Novo Processo de Importação e de Exportação.

O Portal Único possui três principais objetivos: integração, tecnologia da informação e redesenho de processos. Com a finalidade de integrar os dados e centralizá-los em um único lugar, sem a necessidade de preencher a mesma informação em vários sistemas.

O Brasil passou a desenvolver soluções baseadas em inteligência artificial para a verificação de documentos e a análise de riscos, o que aumentou a eficiência e a precisão das verificações. Além disso, a criação do Programa OEA (Operador Econômico Autorizado) com foco em certificar importadores, exportadores, agentes de carga e demais intervenientes do comércio exterior como confiáveis garantiu a segurança dos processos aduaneiros.

Em 2020, com a pandemia da Covid-19 afetando a economia global, empresas foram pressionadas a digitalizarem seus processos, visto que muitos escritórios estavam fechados e algumas operações foram interrompidas. Como resultado a esse cenário, empresas logísticas passaram a contratar sistemas de automatização, incluindo a emissão de conhecimentos de embarque eletrônicos e monitoramento de cargas. O maior ganho foi a desburocratização do segmento.

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O que esperar em 2023?

Tendo em vista o histórico de digitalização do comércio exterior, a tendência é que cada vez mais empresas invistam em tecnologia para impactar seus negócios internacionalmente.

Inteligência Artificial, blockchain, Internet das Coisas, metodologias ágeis e Machine Learning são fundamentais para os avanços do setor.

O e-commerce também tende a continuar crescendo, visto que foi potencializado durante e após a crise sanitária global provocada pelo coronavírus em 2020.

Os profissionais da área devem estar mais preparados para identificar oportunidades criativas e inovadoras.

As empresas e os governos continuarão a buscar a automação e a digitalização de processos de exportação e importação. Isso se dará com a utilização de sistemas integrados e plataformas digitais, que devem tornar as operações mais rápidas, seguras e eficientes.

A digitalização do comércio exterior exigirá maior colaboração entre empresas e governos, para o desenvolvimento de padrões comuns, soluções de interoperabilidade e regulamentações que promovam a segurança e a privacidade dos dados.

Essas são apenas algumas das perspectivas para a digitalização do comércio exterior em 2023. Como a tecnologia e o comércio evoluem rapidamente, é possível que surjam ainda mais novas tecnologias e desafios, exigindo respostas ágeis e inovação constante.

Quais são os maiores desafios para o avanço da digitalização no comércio exterior?

A digitalização do comércio exterior é uma transformação muito positiva, mas também existem alguns desafios que precisam ser superados para seu avanço. Um dos maiores desafios é promover a integração entre sistemas privados e de órgãos públicos, pois cada um tem um padrão diversificado.

Algumas empresas e profissionais se recusam a acompanhar as inovações do mercado, por não entenderem a importância da tecnologia nas operações. Isso é resultado da falta de confiança na segurança dos dados compartilhados.

O comércio internacional é composto por uma série de regras. Mas cada país define suas normas e leis específicas e essa falta de padronização dificulta a transformação digital de toda a cadeia de suprimentos que é feita de processos complexos.

Esses são apenas alguns dos desafios que precisam ser superados para o avanço da digitalização do comércio exterior. À medida que a tecnologia e o comércio evoluem, novos desafios podem surgir, exigindo respostas ágeis e inovação constante.

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