Logística Internacional: é possível evitar prejuízos econômicos em meio aos atuais conflitos armados?
Em meio aos atuais conflitos armados ao redor do mundo, a logística internacional pode ser afetada de diversas formas, levando a prejuízo econômico para empresas e países, isso também inclui o frete internacional. No entanto, existem estratégias que podem ajudar a minimizar esses impactos e evitar grandes perdas financeiras. Uma abordagem eficaz é a diversificação da cadeia de suprimentos, buscando fornecedores em regiões mais estáveis ou com menor risco de conflitos.
De antemão, qualquer situação de guerra levanta um alerta para o comércio exterior. Isso porque são diversas variáveis impactadas além frete internacional: rotas utilizadas, definição dos países de origem e destino, risco de sanções e o próprio fornecimento de um determinado produto.
Em seguida, trataremos de mais estratégias e razões pelas quais os conflitos armados impactam o abastecimento global do mundo.
Como os conflitos armados impactam a cadeia de abastecimento global?
Conflitos armados certamente causam prejuízos para o comércio internacional. Não precisamos mencionar apenas os conflitos atuais para compreender, a própria Segunda Guerra Mundial foi um exemplo. Na época, muitos países viram suas exportações diminuírem drasticamente. Armamentos e suplementos de guerra movimentaram a economia, enquanto outros produtos pararam de ser comercializados.
Além das variáveis mencionadas, listamos a seguir algumas outras desvantagens do ponto vista econômico:
Juros e inflação: conflitos implicam em aumento generalizado de preços, ou seja, inflação. Vimos isso na pandemia, aumento dos gastos do governo e diminuição da oferta de produto, ocasionando majoração de preço. Em outras palavras, juros altos levam a desinvestimento em produção e desenvolvimento, o que reflete em uma economia contracionista.
Preço de commodities: o preço do petróleo entra em todos os radares quando o assunto é guerra. Afinal, o preço do combustível encarece a operação financeira de diversas áreas econômicas, inclusive o frete internacional.
Interrupção de rotas comerciais: rotas podem ser danificadas por conflitos armados ou até mesmo fechamento de fronteiras, sendo necessário um reajuste.
Flutuação da taxa de câmbio: investidores costumam retirar recursos financeiros de países em conflito, essa ação leva à desvalorização da moeda no local. Melhor dizendo, as importações se tornam mais caras afetando o equilibro da balança comercial do país, como também o desenvolvimento e crescimento.
Tarifas e barreiras comerciais: em tempos de guerras, frequentemente o governo pode aumentar alíquotas de importação, impor cotas e restrições comerciais para proteger o mercado interno, o que dificulta a relação com o mercado externo e, por fim, o crescimento econômico.
Mudanças em acordos comerciais, alianças políticas e sanções: guerras alteram os interesses dos países, tanto dos envolvidos como dos não envolvidos no conflito. Por isso, reforço ou mudança de alianças e acordos políticos podem acontecer, de modo a prejudicar o comércio internacional.
O que está acontecendo no Mar Vermelho?
A situação no Mar Vermelho decorre do caos que vem ocorrendo no Oriente Médio, desde o confronto entre Israel e Hamas em outubro do ano passado. Em resposta a esse conflito, rebeldes Houthis do Iêmen atacaram embarcações comerciais no Mar Vermelho.
Os Houthis afirmam ter como alvo apenas navios afiliados a Israel, mas muitos não apresentam essa relação. Em retaliação, ataques britânicos e norte-americanos pró-Israel, foram realizados contra as instalações Houthis.
Mais tempo de trânsito para rotas marítimas Ásia e Europa
É evidente que o tema guerra no Oriente Médio vem se prologando mais do que se esperava. Assim, os impactos na logística continuam a crescer. Algumas consequências são evidentes, como a alteração de rota de grandes embarcações, que ao invés de passarem pelo Mar Vermelho e consequentemente pelo Canal de Suez, estão contornando a África, o que aumenta em 2 semanas o tempo de trajeto. Essa mudança do tempo de frete faz com que cada dia a mais de navegação acarrete custo de milhares de dólares no frete.
Com essa dificuldade na rota da Ásia para a Europa, podemos entender por que os produtos europeus chegaram mais caros ao país. Seria uma solução para esse problema a diversificação das regiões de importação, de modo que talvez seja mais competitivo trazer produtos originários de uma rota mais acessível no momento.
Aumento no preço do frete internacional
Do ponto de vista econômico, em tese, esse era o momento de início de corte de juros após um período de alta inflação devido a pandemia. Entretanto, além dos conflitos atuais, reforçamos que um dos principais produtos que circulam por essa famosa rota é o petróleo. Logo, espera-se também um aumento de preço dessa fonte de energia, o que poderá manter os juros em patamares elevados.
Cerca de 500 mil containers passavam pelo Canal de Suez ao mês. Porém, desde novembro do ano passado, quando o primeiro indício de caos no Mar Vermelho se apresentou, o sequestro de um cargueiro (que permanece sob o controle desses rebeldes), a rota passou contabilizou cerca de 200 mil containers em dezembro.
Em resumo, se o conflito continuar podemos esperar o aumento do frete, alteração de rotas, aumento do seguro e inviabilidade do custo da operação em totalidade.
É possível evitar prejuízos financeiros em meio ao caos da guerra?
Entre as medidas para evitar prejuízo financeiro em meios aos conflitos atuais, podemos citar principalmente a diversificação de fornecedores ao redor do mundo. Concentrar a dependência a um único país pode ser prejudicial em uma situação de guerra. Na prática, vimos isso acontecer com a Europa, que dependia do gás vindo da Rússia.
Devido às sanções impostas, a Rússia cortou as exportações de gás para a Europa. A ideia de Putin era pressionar a Europa, principalmente no inverno, período de maior demanda de gás e energia. A estratégia era afetar o estoque, fazendo com que o custo de energia subisse ainda mais. Entretanto, devido a temperaturas mais amenas e bom gerenciamento, a Europa se saiu melhor do que esperado pelo mercado.
Uma outra medida viável pode ser investir em tecnologias para rastreamento, monitoramento ou até mesmo contar com parceiros especializados para acompanhamento da carga. Desse modo, além de garantir a segurança, é possível buscar a alteração de rota ou do modal utilizado no frete internacional, o que pode gerar visibilidade da carga em trânsito e permitir medidas preventivas em casos de interrupções no trajeto.
Nesse cenário, a contratação de um seguro e uma comunicação eficiente com todos os envolvidos na cadeia logística é essencial, incluindo transportadora, fornecedor, despachante e outros intervenientes. Com planejamento e sempre se atualizando sobre a situação da geopolítica global é possível encontrar soluções, antecipar problemas e garantir uma operação eficiente mesmo com o advento dos conflitos armados.
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