Ferramentas de gestão logística: entenda os 2 principais pontos de resistência em adotá-las

Em mais uma daquelas visitas onde o cliente tem objetividade e critérios para contratação de transporte rodoviário, o bate-papo seguiu descontraído na busca do tão desejado rapport (criar uma ligação de sintonia e empatia com outra pessoa).

Sempre seguindo o princípio de entender as dores do cliente tendo como foco promover sempre a solução, me aprofundei com relação a como ele controlava todo processo de entregas.

A ideia era entender se ele buscava empresas com qualidade na informação. E para minha surpresa o controle e gestão era todo feito por planilhas.

Além do Gestor da logística, a área administrativa era composta por 4 pessoas:

  •  Uma delas distribuía a demanda para os transportadores e solicitava coletas;
  •  Outra lançava em planilhas e controlava ocorrências;
  • Havia a que focava na liberação do pagamento dos transportadores;
  • Por fim, outra cobrava, recebia e arquivava comprovantes de entrega.

Uma equipe que expedia aproximadamente 60 entregas por dia, entre cargas fracionadas e fechadas, onde o telefone não parava — um momento era a equipe comercial cobrando posicionamentos sobre as entregas pois os clientes estavam cobrando, em outro era a equipe fiscal cobrando os canhotos para fins de cobrança, além de transportadoras apontando problemas como avarias e devoluções.

Estava diante de um fluxo que muitos logísticos estão acostumados, mas que leva as pessoas ao limite de suas capacidades principalmente quando as demandas aumentavam.

Num segundo momento, questionei como que era medida a eficiência dos seus transportadores.

E ele respondeu dizendo que perdia um dia inteiro para analisar a planilha, fazer as devidas correções, pois neste processo ocorriam erros como lançamentos, além de ausência de informações que constantemente eram detectadas, para então gerar um relatório mais coeso e apresentar mensalmente ao Gerente Geral da empresa.

Então, questionei ao Gestor, você numa pensou em gerir tudo isso de forma mais efetiva através de um aplicativo de entrega?

Bom, foi aí que vieram todas as desculpas que me levaram a escrever este artigo.

Porque os gestores resistem em aceitar e implementar novas ideias?

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A COMPETITIVIDADE

Na busca deste entendimento e fazendo uma pesquisa mais detalhada localizei uma publicação na revista exame que dizia: “Segundo dados, mais de 40% das empresas de logística ainda usam planilhas como ferramenta de gestão”

Claro que a empresa citada acima trata-se de um embarcador e não de uma empresa de logística, mas reflete bem o perfil da classe logística.

A primeira preocupação exposta no artigo dos empresários do setor logístico é com relação a competitividade:

“… se as empresas não evoluírem para uma gestão inteligente, através de um excelente TMS, (Transportation Management System) ou Sistema de Gerenciamento de Transporte e continuarem lançando seus planejamentos em planilhas de excel, possivelmente perderão mercado para concorrência neste ano de 2019.”

Trazendo essa questão para a realidade dos embarcadores, aquelas empresas que entregarem de forma mais efetiva e com clareza e velocidade de informação, criarão diferenciais competitivos frente ao mercado.

Esta é a chamada Lei da Sobrevivência.

A seguir, entenda quais são os principais pontos de resistência:

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1 – FALTA DE CONHECIMENTO

De acordo com a pesquisa colocada logo acima, 25% dos donos, sócios e CEOs das empresas pesquisadas não sabem quais ferramentas estão sendo usadas dentro das próprias empresas.

Aqui existem 2 pontos a serem destacados:

1.       A logística tornou-se uma atividade chave, algo que pode gerar valor e diferencial aos negócios. Se o topo da cadeia não estiver ciente, dificilmente os lideres abaixo conseguirão promover qualquer tipo de investimento e inovação nesta área.

2.      A qualidade técnica e intelectual da equipe da logística: durante muito tempo o que melhor qualificava uma equipe era sua capacidade de fazer acontecer, mas hoje o mercado exige mais de um profissional da área. Melhoria de processos se tornou a bola da vez para novamente buscar a tão sonhada competitividade, e, como melhorar processos senão ir em busca da inovação e da tecnologia para apoiar nesta jornada?

A Educação é uma ótima forma de estimular nossos colaboradores a pensar e ir de encontro a melhoria de processos.

Um tema bem atual e abordado recentemente por Barack Obama em sua visita ao Brasil e descrito com maestria por Achiles Rodrigues no Artigo Três lições de Barack Obama para logísticos e profissionais de sucesso. O artigo traz à tona que nem tudo se aprende na faculdade, e, que um bom líder só toma decisões melhores se contar com uma boa variedade de pessoas, você não deve ter medo de ter pessoas mais inteligentes que você em sua equipe e, por fim; é preciso se acostumar a não acertar sempre, pois o erro nos leva a vários acertos.

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2 – Resistência a mudanças

Um dos sentimos que não podemos desconsiderar na implantação de inovação e que faz parte do comportamento humano é a forma como o ser humano reage a tudo aquilo que é novo.

Como lidar com esta situação dentro das empresas ?

Conforme o artigo Por que as pessoas resistem às mudanças? compartilhado pelo administrador Ronaldo Vieira, nele é descrito várias formas de reduzir esta resistência. O gerente precisa certificar-se de que todos os afetados saibam especificamente como a mudança satisfaz os seguintes critérios:

1. Benefício – A mudança deve ter uma clara vantagem relativa para os que estão sendo requisitados a mudar; devendo ser percebida como uma melhor maneira de fazer as coisas.

2. Compatibilidade – A mudança deverá ser o mais compatível possível com as dores e as experiências das pessoas sendo requisitadas a mudar.

3. Complexidade – A mudança não deverá ser mais complexa do que o necessário; ela deverá ser tão fácil, quanto possível, para que as pessoas possam compreender a usar.

4. Tentatividade – A mudança deverá ser algo que as pessoas aprendessem a tentar. Uma base, como um passo a passo, podendo sofrer ajustes se necessário.

Percebeu como todo processo deve partir das lideranças?

Portanto é muito importante se despir da vaidade da liderança e entender que devemos buscar algo novo todos os dias. Mesmo que em pequenas doses.

Espero ter contribuído para te fazer entender que a tecnologia e a inovação é algo bem próximo a você e que se aproximar dela é algo que só depende de você.

Quer conhecer estas novas ferramentas que apoiam na gestão logística?

Este tema ficará para o próximo artigo mas te convido a embarcar neste Trem chamado Inovação.

Artigo em parceria com:
Rosana Corrêa
Rosana Corrêa:
https://www.linkedin.com/in/rosanacorrea/
Especializada em Inteligência de Mercado(BI) pela FGV, e Marketing Digital pela Rock Content, que elevaram o nível do meu planejamento e estratégias de negociação, utilizando como ferramenta plataformas de inteligência de mercado que me ampliaram minha capacidade de mapeamento e entendimento do público alvo, além de minha capacitação em Vendas e Técnica de negociação pela BMS – Business Marketing Solution, e ministrada por James Finger, especialista em Outbound, que me permitiu aprimorar a elaboração de SPEACHs para realização de prospecção ativa (cold call) com mais efetividade.blog: www.mulheresnalogistica.com.br