Atualmente, a internacionalização das empresas torna-se uma realidade cada vez mais atrativa para vários ramos de negócios brasileiros, pois os empresários buscam expandir suas operações para países com moedas fortes.
Diante disso, os indexadores de fretes internacionais dos produtos movimentados, passam a ser considerados uma questão central, que deve ser bem planejada e executada com cautela.
Saber optar pelo modal mais adequado, por exemplo, é fundamental para o aumento das vendas, evitando também grandes prejuízos.
Neste artigo você compreenderá todo o processo da composição do frete, desde como funciona o processo com os custos e tarifas até de que forma pagar e quais providências estão sendo tomadas com relação as ferramentas que compõem uma média do valor do frete cobrado para movimentar as mercadorias. Boa leitura!
O que é frete internacional e como optar pela escolha adequada?
O frete é o valor pago pelo uso ou a locação de um meio de transporte. O frete internacional é uma operação fundamental para o comércio exterior, pois executa a movimentação de mercadorias entre países, por meio de um contrato internacional estabelecido previamente.
Desta forma, faz-se necessário efetuar um planejamento para a escolha do frete adequado diante das suas necessidades, levando-se em conta para o cálculo do mesmo alguns pontos, que são:
- lugar de origem e de destino;
- prazo de entrega;
- características da carga;
- disponibilidade para o envio;
- modal que será utilizado;
- custo de serviço
Pode não parecer, mas alguns desses pontos também influenciam os indexadores de fretes. Porém, falaremos desse assunto mais adiante. Agora, daremos continuidade no aprendizado.
Como funciona o processo do frete internacional?
Para um entendimento simplificado desse complexo processo do comércio exterior, podemos dizer que o início de tudo ocorre no armazém do exportador. Na sequência, faz-se a negociação e a confirmação da venda internacional e assim, as operações logísticas se iniciam, desde o deslocamento interno até o modal escolhido, por meio do trabalho executado pelo despachante aduaneiro.
Posteriormente, após o despacho, toda a carga será encaminhada para um recinto aduaneiro, que se divide em zonas primárias e zonas secundárias, para que sejam executados alguns trâmites, antes da alocação da carga no modal.
Incoterms: responsabilidade do frete internacional
Da mesma forma que os embarcadores e as transportadoras pontuam os indexadores de fretes como ferramentas importantes, os incoterms também não ficam para trás, pois no momento da composição do valor do frete, definem os direitos e as obrigações dos importadores e dos exportadores.
Os incoterms são normas criadas pelo ICC (International Chamber of Commerce), com a intenção de melhorar a comunicação realizada entre os países, de forma que sejam evitados conflitos nas relações comerciais, pois vão regular as obrigações e os direitos de ambas as partes.
Assim, deve-se escolher o melhor para a operação, atentando aos custos que envolvem o transporte internacional de cargas.
Quais são os principais custos do frete internacional?
Um dos objetivos do governo brasileiro é criar um mecanismo para a fomentação dos indexadores de frete, com a redução dos custos do embarcador e a melhoria dos ganhos dos condutores de veículos, principalmente no modal rodoviário.
A seguir, citaremos alguns dos custos que influenciam no valor do frete internacional, que são:
- POL (Port of Loading) – Porto de embarque;
- Comm (Commodity) – mercadoria;
- TT (Transit Time) – Tempo de trânsito;
- Storage at CFS (Container Freight Station) – Armazenagem no porto.
Tarifas a considerar na cotação de frete internacional
Neste momento, deve-se atentar para as taxas locais, bem como para a taxa de capatazia, liberação de BL (Bill of Loading), ISPS (International Security and Port Security e a desconsolidação.
Além disso, haverão os custos indiretos, os quais são pagos pelo importador, como a armazenagem e a taxa Siscomex, dentre outros que as operações podem gerar.
De que forma pagar o frete internacional?
Os pagamentos de fretes podem ser feitos de três maneiras. Primeiramente, podemos citar o frete pré-pago (freight prepaid), que se efetua de forma imediata ao embarque da mercadoria, para a retirada do conhecimento de embarque.
Em seguida, temos o frete a pagar (freight collect), que é o frete o qual poderá ser pago em qualquer lugar do mundo. Finalmente, temos também o frete pagável no destino (freight payable at destination), o que significa que o importador pagará o mesmo na chegada ou na retirada da mercadoria.
Considerações da indexação do valor do frete
O governo brasileiro vem pensando, já a algum tempo, na possibilidade da criação de um mecanismo para indexar o valor do frete pago no modal rodoviário. Visto que, sabemos que o transporte rodoviário escoa toda a produção armazenada nos portos, bem como movimenta mais de 60% das mercadorias pelas rodovias ou estradas brasileiras e internacionais.
Além disso, facilita a entrega da mercadoria, entre a origem e o destino no trajeto, até a última milha para regiões mais distantes.
Esse mecanismo tem o objetivo principal de pagar o valor justo pelo custo do frete, ou seja, pelo preço do diesel do dia na chegada ao destino, sendo repassado ao transportador com o aumento que surgir.
Os indexadores de fretes serão inseridos, levando-se em consideração uma prática comercial em que os contratos de transporte em todos os modais, prevejam a aplicação de uma sobretaxa proporcional às variações nos preços de combustível (Full Surcharge).
A ideia consiste em que o custo do combustível, em cuja a variação considera-se um fator extremo na formação dos preços dos contratos de fretes, deve ser diluído ao longo da cadeia, com a finalidade de preservar as margens do serviço prestado.
Em regra, não valeria apenas para o repasse do aumento até o consumidor final, mas também nos casos de redução dos preços, deveriam ser aplicados os devidos descontos.